Tsotsi (ou "Cova da Moura até é um sítio simpático")
Tsotsi gira à volta de 6 dias na vida de Tsotsi, um órfão residente no Soweto, que junto com o seu gang se dedica a crimes violentos.
Quando um carjacking não corre como previsto e Tsotsi vê que no banco de trás do carro se encontra um bébé, ele toma a decisão de "adoptar" o bebé em vez de o devolver ou o abandonar. A partir daqui desenvolve-se uma análise psicológica de uma personagem complexa, que ao mesmo tempo é extremamente violento e díficil de relacionar, e por outro lado é uma pessoa frágil, assombrada pelo passado e à procura de redempção.
O filme é facilmente comparável a "Cidade de Deus" apesar deste ser muito mais psicológico e orientado à personagem de Tsotsi, bem como se apresentando como um filme mais moralista.
Também a nível técnico as semelhanças terminam no cenário de guettos. Enquanto o filme de Fernando Meirelles é filmado em tom de documentário com recurso a handycams, este (realizado por Gavin Hood, um sul-africano desconhecido até agora) apresenta um registo muito mais estilizado, com recurso a grandes-angulares e com uma fotografia em tons de sépia. Destaque ainda para a língua, o filme é todo falado em Tsotsitaal, um dialecto falado em algumas zonas da África do Sul, e em especial no Soweto, e que significa Linguagem do Guetto.
Como apreciação global, temos um filme forte e poderoso, em torno de uma personagem que em certas partes pode provocar nós na garganta mas que noutras provoca empatia e compaixão. Isto deve-se à excelente prestação do actor principal (um tal de Presley Chweneyagae) e à sua fotografia que representa muito bem o ambiente desolador do guetto. Isto serve para colocar este filme no lote dos filmes interessantes do ano passado, apesar de um argumento um pouco simplista e previsível, e de uma realização que não consegue cativar completamente o espectador.
Para os mais distraídos, este filme ganhou o óscar de melhor filme de língua estrangeira em 2006.
Quando um carjacking não corre como previsto e Tsotsi vê que no banco de trás do carro se encontra um bébé, ele toma a decisão de "adoptar" o bebé em vez de o devolver ou o abandonar. A partir daqui desenvolve-se uma análise psicológica de uma personagem complexa, que ao mesmo tempo é extremamente violento e díficil de relacionar, e por outro lado é uma pessoa frágil, assombrada pelo passado e à procura de redempção.
O filme é facilmente comparável a "Cidade de Deus" apesar deste ser muito mais psicológico e orientado à personagem de Tsotsi, bem como se apresentando como um filme mais moralista.
Também a nível técnico as semelhanças terminam no cenário de guettos. Enquanto o filme de Fernando Meirelles é filmado em tom de documentário com recurso a handycams, este (realizado por Gavin Hood, um sul-africano desconhecido até agora) apresenta um registo muito mais estilizado, com recurso a grandes-angulares e com uma fotografia em tons de sépia. Destaque ainda para a língua, o filme é todo falado em Tsotsitaal, um dialecto falado em algumas zonas da África do Sul, e em especial no Soweto, e que significa Linguagem do Guetto.
Como apreciação global, temos um filme forte e poderoso, em torno de uma personagem que em certas partes pode provocar nós na garganta mas que noutras provoca empatia e compaixão. Isto deve-se à excelente prestação do actor principal (um tal de Presley Chweneyagae) e à sua fotografia que representa muito bem o ambiente desolador do guetto. Isto serve para colocar este filme no lote dos filmes interessantes do ano passado, apesar de um argumento um pouco simplista e previsível, e de uma realização que não consegue cativar completamente o espectador.
Para os mais distraídos, este filme ganhou o óscar de melhor filme de língua estrangeira em 2006.
1 Comments:
E não Luke, o teu amigo mamute não aparece no filme...
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