Cinema da Oceânia
Não sei se é por pura coincidencia ou já é o meu subconsciente a pensar na viagem grande que aí vem, vi no último mês 3 filmes oriundos dos nossos antípodas, Nova Zelândia e Austrália. E nenhum deles decepcionou.
Da Austrália vem Wolf Creek (que ja estreou o ano passado em Portugal), um filme de terror com bastante sangue e um cruel e sádico assassino. Conta a história de três amigos (duas gajas boas e um gajo que tem mania que é engraçado), que durante uma roadtrip no deserto australiano tem um problema no carro e caiem nas mãos do tal senhor simpático. Uma mistura de Texas Chainsaw Massacre (o original) com o novo (overhyped) Hostel. É daqueles filmes para ver com o cérebro desligado, num cinema com um grande balde de pipocas com mel, e no meio de adolescentes aos berros (eu vi no computador sozinho, mas isso não interessa nada!). Mas as vezes são mesmo esses filmes que apetece ver. E este é bom no estilo.
Também da Austrália vem The Proposition ("Escolha Mortal" em Portugues, apesar de ainda não ter cá estreado), um western moderno sobre três irmãos que se dedicam a violentos assaltos e de um polícia que vive obcecado por os capturar e quando consegue apanhar um deles consegue ser tão violento como os que persegue. De notar que o argumento é de Nick Cave (que também teve a seu cargo a banda sonora) e conta no principal papel com Guy Pearce (do Memento). O filme, com uma fotografia espectacular do deserto australiano, é uma homenagem muito bem conseguida aos westerns dos anos 60 e 70 (por ex. os de Sam Peckinpah).
Da Nova Zelândia vem "The World's Fastest Indian", que já falei algures e conta a vida do motociclista Bill Munro.
Curioso é o facto dos filmes reflectirem na perfeição o legado histórico de ambos os países.
Por um lado temos dois filmes australianos extremamente violentos e cruéis. Não esquecer que a colonização australiana foi feita por presidiários e militares ingleses que durante séculos massacraram e quase extinguiram os aborígenes que lá viviam. Ainda nos tempos que correm os poucos sobreviventes que lá existem são mantidos em reservas e tratados como cidadãos de classe inferior.
Já da NZ vem um filme sobre a amizade e a vontade de viver. A isso não é alheio a história local. Os colonos ingleses que para lá foram eram comerciantes e missionários que em vez de tentarem extinguir os indígenas (neste caso os Maori) chegaram a acordo com os locais e assinaram o Tratado de Waitangi de modo a dividirem as terras e os poderes políticos. Hoje os Maori são uma comunidade completamente integrada na sociedade neo zelandesa e o país é internacionalmente reconhecido com um dos mais tolerantes, abertos e equalitários a nível mundial.
E faltam só 6 meses...
Da Austrália vem Wolf Creek (que ja estreou o ano passado em Portugal), um filme de terror com bastante sangue e um cruel e sádico assassino. Conta a história de três amigos (duas gajas boas e um gajo que tem mania que é engraçado), que durante uma roadtrip no deserto australiano tem um problema no carro e caiem nas mãos do tal senhor simpático. Uma mistura de Texas Chainsaw Massacre (o original) com o novo (overhyped) Hostel. É daqueles filmes para ver com o cérebro desligado, num cinema com um grande balde de pipocas com mel, e no meio de adolescentes aos berros (eu vi no computador sozinho, mas isso não interessa nada!). Mas as vezes são mesmo esses filmes que apetece ver. E este é bom no estilo.
Também da Austrália vem The Proposition ("Escolha Mortal" em Portugues, apesar de ainda não ter cá estreado), um western moderno sobre três irmãos que se dedicam a violentos assaltos e de um polícia que vive obcecado por os capturar e quando consegue apanhar um deles consegue ser tão violento como os que persegue. De notar que o argumento é de Nick Cave (que também teve a seu cargo a banda sonora) e conta no principal papel com Guy Pearce (do Memento). O filme, com uma fotografia espectacular do deserto australiano, é uma homenagem muito bem conseguida aos westerns dos anos 60 e 70 (por ex. os de Sam Peckinpah).
Da Nova Zelândia vem "The World's Fastest Indian", que já falei algures e conta a vida do motociclista Bill Munro.
Curioso é o facto dos filmes reflectirem na perfeição o legado histórico de ambos os países.
Por um lado temos dois filmes australianos extremamente violentos e cruéis. Não esquecer que a colonização australiana foi feita por presidiários e militares ingleses que durante séculos massacraram e quase extinguiram os aborígenes que lá viviam. Ainda nos tempos que correm os poucos sobreviventes que lá existem são mantidos em reservas e tratados como cidadãos de classe inferior.
Já da NZ vem um filme sobre a amizade e a vontade de viver. A isso não é alheio a história local. Os colonos ingleses que para lá foram eram comerciantes e missionários que em vez de tentarem extinguir os indígenas (neste caso os Maori) chegaram a acordo com os locais e assinaram o Tratado de Waitangi de modo a dividirem as terras e os poderes políticos. Hoje os Maori são uma comunidade completamente integrada na sociedade neo zelandesa e o país é internacionalmente reconhecido com um dos mais tolerantes, abertos e equalitários a nível mundial.
E faltam só 6 meses...
6 Comments:
Pipocas com mel???
;-)))
Sim, aquela merda que se vende nos cinemas...
Caramelo Moço! Caramelo!
Era pra ver se tavam atentos :-)
e para quando um cinema que em vez de vender essa coisas abichanadas venda o belo torresmo ou o belo tramoço (sim tramoço!) acompanhado por um 0,8l de tintol?!
Completamente a favor...
Até é por isso que eu vejo a maior parte dos filmes em casa... com um prato de tramoços e um copo de 3 ao lado do sofá...
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