Tuesday, January 23, 2007

"No Worries" City

Sydney não é a capital da Austrália, ao contrário do que muita gente pensa. Essa honra cabe a Canberra, construida de raiz durante o início do séx. XX. Apesar disso, Sydney é a cidade mais importante, seja a nível turístico ou financeiro. Consta que o actual primeiro ministro, John Howard, se recusou quando foi eleito a ir viver para Canberra. Mas nem sempre foi assim, em 1957 a oferta turística de Sydney era de 800 camas, uma nulidade. Foi então que o chefe da filarmónica convenceu a camara a abrir concurso para a construção de uma ópera. O projecto arrojado do desconhecido arquitecto dinamarquês JOrn Utzon foi o premiado e apesar do projecto ter sido um buraco financeiro, a verdade é que atrai milhões de turistas e catapultou Sydney para um patamar turístico ao nível de Londres, NY ou Paris.

Chegar a Sydney numa sexta à noite de quase verão austral, depois de um mês na paz dos kiwis é um choque. As ruas apinhadas de gente, o trânsito, os arranha-céus e até um mono-carril que lembra o Blade Runner... Como custa voltar à civilização... Arranjar sítio para jantar por estas alturas também não é fácil, apesar da vasta escolha, mas lá conseguimos um lugarzinho num italiano ruidoso. Após o jantar, tempo para um pequeno passeio até começar a chover, o que por estas andanças é tão raro como ver kiwis na terra deles, e voltámos para o hostel.

Levantei-me cedo e motivado para conhecer a pé esta grande cidade, ideia que só mais tarde viria a perceber, me custaria algumas bolhas nos pés. Depois de percorrer a azáfama do bairro chinês, apinhado de gente trabalhando ou dando a trabalhar no comércio local, cheguei à Darling Harbour, uma espécie de parque das nações aqui do sítio. Quando ontem jantámos aqui a zona estava apinhada de gente, mas hoje de manhã, com excepção de um grupo de asiáticos a praticar Tai Chi, não se via vivalma, e tudo estava ainda encerrado, incluindo o posto de turismo. Ainda era muito cedo para o pessoal recuperar da animação da noite anterior. Mas os turistas lá foram aparecendo, 1º timidamente, mas depois de visitar o aquário e a espécie de zoo ao lado, a confusão de gente já estava outra vez armada.

Não gosto muito de zoos mas não queria perder a oportunidade de ver a fauna local, pois afinal estamos no país que, de entre os 10 animais mais venenosos do mundo, praí 11 são de cá oriundos, desde cobras, aranhas, crocodilos e caravelas lusitanas, tudo o que há de mau por cá existe. Talvez por isso os zoos sejam mais populares que excursões ao deserto. E depois há os cangurus e os koalas.

Mais 1 ou 2km a andar e cheguei perto da famosa ópera. É uma obra de arquitectura magnífica, com os seus telhados em forma de velas e a textura das paredes a lembrar a pele de uma cobra. Mas para mim a imponência da Harbour Bridge é ainda mais magnífica, são toneladas de ferro, aço e betão ao longo dos 503m de comprimento do seu arco. Sydney tem um impressionante Skyline, uma torre com 310m de altura e a ópera, mas é a ponte a referência omnipresente.

Depois de almoçar passei a tarde inteira a vaguear pela cidade. Subi a George St. (cheia de lojas e hóteis), desci a Pitt St., atravessei o Hyde Park (nunca percebi a pancada das cidades anglosaxónicas chamarem sempre Hyde Park ao parque da cidade) bem como os jardins botânicos, visitei a catedral, o city hall, o memorial à guerra e o museu australiano.

Um sítio que me chamou a atenção foi "Mrs Macquaries Chair", um miradouro cujo nome homenageia a esposa do 1º governador australiano, um escocês nada excêntrico, já que não existe uma cidade australiana que não tenha pelo menos 10 coisas com o seu nome. Porque é que este miradouro foi o que mais me atraiu? Porque este era sem dúvida o melhor sítio para ver a ópera com a ponte por trás, o postal que trazia na cabeça desde Portugal. Imediatamente percebi que tinha de voltar ao lusco-fusco para fotografar esses ex-libris a partir daqui. Para isso precisava do tripé que tinha ficado no hostel (a cerca de 40min daqui), mas nada me demoveu e 1/2h antes da tal hora da luz especial já estava a montar o equipamento, ao lado de uma dúzia de outros que também sabiam que aquele era o spot. Foi um momento de satisfação pessoal e modéstia à parte, os resultados foram bastante razoáveis. Regressei ao hostel já noite cerrada e coxo, com um pé em sangue devido a uma bolha provocada pelas sandálias. Mas feliz e com o objectivo inicial atingido, tinha visto grande parte de Sydney num dia, e sempre a pé.

Já sem vontade para acompanhar os outros portugueses em grandes jantaradas encontrei "OGALO", ou como dizia o placard, "fast food with a portuguese taste". Com pratos como prego, frango assado ou cachorro foi quase como um regresso antecipado, apesar de para mim o placard dever ser mudado para "portuguese food with an australian taste". Só não tinha era Super Bock, uma pena. Fui-me deitar depois de enfardar meio frango assado e um cachorro.

Depois de uma dia na confusão da cidade, nada melhor que regressar à montanha, voltar a calçar as botas (não é que tivesse outra hipótese devido às bolhas) e caminhar um dia inteiro. Apanhei o comboio para Katoomba, hub turístico para visitar as Blue Mountains. Sendo eu próprio um utilizador regular de comboios para me deslocar para o emprego, gosto de viajar de comboio para perceber a vida local. Claro que hoje era domingo quase de madrugada, logo os únicos passageiros são turistas como eu. Além de um vagabundo que tresanda a mijo e álcool e não deixa dormir ninguém. Não podendo ver as pessoas locais observo o sítio onde essas pessoas provavelmente ainda dormem. Os arredores de Sydney parecem-se com qualquer dormitório inglês, mas à medida que nos vamos afastando para o interior, a marca colonial faz-se sentir e os dormitórios são substituídos por longas fazendas e elegantes casas de campo.

As Blue Mountains devem o seu nome a uma espécie de eucalipto cuja folhagem, apesar de verde, reflecte a luz solar num tom bastante azulado, dando a impressão que as montanhas ao longe são dessa cor. Provi-me de um mapa da zona e pus-me a andar por um dos trilhos "civilizados" do parque. Foram 7h a subir e descer montes, através de ravinas, florestas de eucaliptos e pinheiros, cascatas (a maioria quase secas devido ao inverno seco que por aqui passou), observado os pontos mais famosos do parque, como as "3 Irmãs", 3 pináculos de calcário que me fizeram lembrar as saudosas Torres del Paine na Patagónia, em miniatura... Isto tudo sobre um sol abrasador com uma temperatura de certeza superior a 30ºC, o que me desidratou completamente e acentuou ainda mais o meu bronze à pedreiro (ou à montanheiro, como eu prefiro chamar).

Regressei a Sydney quase à hora de jantar, reencontrei-me com os meus colegas e fomos jantar. Comer num restaurante na marina de Sydney é sinónimo de comida nada de especial (apesar do bife de canguru até não ser mau) e um grande rombo na carteira. O usual em qualquer grande cidade.

Acordei para o último dia em Sydney, tempo de fazer as malas e dar uma última volta pela cidade, ver algo que escapara e fazer umas compras. A arte aborígena, além de ser considerada a forma de arte ainda em actividade mais antiga do mundo, é bastante interessante. Os boomerangs, didjeridoos, esculturas em pedra e principalmente as pinturas fazem qualquer pessoa perder a cabeça e no meu caso uma boa parte do subsídio de natal.

Como o céu, ao contrário dos dias anteriores, estava bem azul, quis tirar umas fotos panorâmicas da cidade. O sítio que me pareceu mais óbvio era a Sky Tower. Escolha bastante errada por duas razões: apesar da sua altura encontra-se no meio da Skyline, logo as vistas para a baixa são uma porcaria e além disso os vidros estavam imundos. Uma perca de tempo e dinheiro. Para me redimir subi a um dos pilares da Harbour Bridge, que apesar de muito mais baixo que a torre, dá vistas espectaculares da cidade.

Antes de ir para o aeroporto ainda tempo para um pequeno passeio de barco, num dos "espécies de cacilheiros" que fazem inúmeras viagens entre as várias ilhas que circundam Sydney.

Vou para o aeroporto e apesar de três horas de atraso lá levanto voo rumo a Lisboa, onde cheguei 30h depois...

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Monday, January 22, 2007

Filmes em 2006

Fazer uma lista dos melhores filmes do ano é sempre uma tarefa complicada. Para simplificar resolvi usar como base a lista oficial de filmes estreados em Portugal em 2006 (http://www.cinema2000.pt/ficha.php3?id=5874&area=melhores) mesmo sabendo que muitos destes filmes ja os vi em 2005, e que infelizmente há muitos filmes de qualidade que não estrearam nas salas de cinema. Mas pronto, vou tentar ser fiel a esta lista e apresentar uma escolha não ordenada dos filmes que me marcaram, os que merecem ser mencionados, e os que não gostei ou me desiludiram.

Match Point
A mudança de Woody Allen para Londres foi uma lufada de ar fresco na sua filmografia e um regresso à grande forma

The Three Burials Of Melquiades Estrada - Os Três Enterros de Um Homem
Estreia na realização de Tommy Lee Jones (que também é o principal actor). Uma história forte sobre vingança e redenção, e uma fotografia fenomenal.

Syriana
O activista George Clooney a fazer um filme político sobre a corrupção no 3º mundo e a assinalar uma das suas melhores interpretações

A History Of Violence - Uma História de Violencia
Cronenberg a assinar um dos melhores filmes dos últimos anos sobre a natureza humana, de um homem perseguido pelos seus demónios pessoais

Inside Man - Infiltrado
Spike Lee a largar por momentos o filme reivindicativo (apesar das nuances sobre racismo) e a fazer um filme de polícias e ladrões que é um verdadeiro prazer de ver

The Black Dahlia - A Dália Negra
Brian de Palma a fazer uma homenagem ao filme noir dos anos 70, num exercício quase académico. Mesmo a anos luz de LA Confidential ou de Chinatown, é um dos grandes filmes do ano

Little Miss Sunshine - Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos
A comédia mais inteligente que vi nos últimos anos. Produção independente a mostrar que não são precisos grandes orçamentos para fazer grandes filmes.

The Departed - Entre Inimigos
Scorcese a regressar às suas origens, com um filme de mafiosos ao mais alto nível, com excelentes interpretações, principalmente do grande Jack Nicholson. Não sendo o típico filme de óscares será desta que dão a estatueta a este grande realizador?

Brick
Mais uma produção independente, um filme que passou despercebido muito injustamente. Ganha claramente o título de filme estranho do ano, ao nível de um Donnie Darko.

Borat
É rir de ínicio ao fim

Babel
Grande filme do Inarritu, terminando assim a sua trilogia sobre a natureza humana, onde três histórias se cruzam perfeitamente, mostrando que neste mundo globalizado as pessoas ainda não conseguem comunicar entre si.

The Prestige - O Terceiro Passo
Chris Nolan não desilude e volta a realizar um grande filme, construido a partir de uma historia simples, introduzindo-lhe bastantes twists e interrupções temporais para agradar qualquer pessoa que goste de filmes

Mençoes Honrosas:
Jarhead - Máquina Zero
Caché - Nada a Esconder
Saw II
Munich - Munique
Walk The Line
Capote
Tsotsi
V for Vengueance - V de Vingança
L' Enfant - A Criança
Brokeback Mountain
Wassup Rockers - Desafios de Rua
The World's Fastest Indian - Indian, o Grande Desafio
The Proposition - Escolha Mortal
Hard Candy
The Squid and The Whale - A Lua e a Baleia
The King - O Rei
La Vida secreta de las Palabras - The Secret Life Of Words
Lucky Number Slevin - Há Dias de Azar
Miami Vice
An Inconvenient Truth - Uma Verdade Inconveniente
Twelve and Holding - Aos Doze e Tantos
The Illusionist - O Ilusionista
Perfume - História de Um Assassino
007 - Casino Royale
Thanks For Smoking - Obrigado Por Fumar
Clerks II - Nunca Tantos Fizeram Tão Pouco
Children Of Men - Os Filhos do Homem

Desilusões:
The Libertine - O Libertino
Good Night and Good Luck - Boa Noite, e Boa Sorte
Hostel
Firewall
The Aristocrats - Os Aristocratas
Freedomland - A Cor Do Crime
The Da Vinci Code - O Código Da Vinci
X-Men 3
The Omen - O Génio do Mal
Tideland - O Mundo ao Contrário
Cars - Carros
Poseidon
The Lake House - A Casa da Lagoa
Superman Returns - Super-homem o Regresso
16 Blocks
Volver - Voltar
Lady in the Water - A Senhora da Água
Snakes in the Plane - Serpentes a Bordo
The Devil Wears Prada - O Diabo Veste Prada
Saw 3 - O Legado

Reparei que vi 59! filmes estreados no cinema em 2006... Fora muitos outros...

Wednesday, January 17, 2007

4 Dias 4 Países


Cheguei a Bruxelas no sábado de manhã com o objectivo de participar numa reunião na segunda-feira em Lille, no norte de França. Até lá há que passar o tempo.

Peguei no carro de aluguer e conduzi para leste, atravessando a Bélgica sob um céu cinzento que ameaçava chuva. Atravessei a fronteira com a Alemanha e cheguei à pequena cidade de Trier, a mais antiga do país, atracção turística pelas suas ruínas romanas, incluindo o anfiteatro, a mais antiga ponte romana desta zona ainda com transito, os banhos romanos, a basílica de Constantino e a Porta Tigra, que antigamente servia de entrada à cidade. À parte das atracções romanas é uma cidade tipicamente da europa central, com as suas casas medievais e igrejas góticas. Bastante animação e movimento nas ruas, talvez motivados pela época de saldos e pelo tempo agradável (o que para aqui entenda-se sem chuva e com temperaturas superiores a 0ºC). Uma agradável surpresa para mim que nunca tinha estado na Alemanha sem ser em trânsito.

Saí de Trier e em cerca de meia hora pus-me na cidade do Luxemburgo, capital do país com o mesmo nome, conhecido em Portugal por ter uma população com cerca de 30% de emigrantes tugas e ao mesmo tempo os mais elevados níveis de produtividade e de rendimento per capita da UE, um paradoxo que muitas teses de doutoramento já tentaram explicar sem sucesso. Cheguei já era noite cerrada (6 da tarde) e facilmente dei com o pousada da juventude onde iria pernoitar, um edíficio moderno e funcional junto às ruínas das muralhas da antiga citadela. A cidade evoluiu em torno destas muralhas, construidas sobre penhascos que se elevam cerca de 70m acima do rio, o que durante a idade média a tornou uma das bases militares estratégicas mais importantes do império austriaco. No passeio que dei antes de jantar percorri as íngremes, estreitas e e desertas ruas que, em conjunto com a fraca chuva e a iluminação antiga dão um aspecto fantasmagórico e atraente à cidade. Mas se por um lado me agradou esse cenário "gótico" da cidade, fiquei algo desiludido com a escassez de pessoas nas ruas, restaurantes e bares do centro. Não me lembro de alguma vez ter estado na capital de um país e num sábado à noite se encontrar deserta. Só posso deduzir que é uma cidade de trabalho marioritariamente habitada por estrangeiros a trabalhar nas inúmeras organizações europeias, e que ao fim de semana viajam aos seus locais de origem. Nem portugas consegui ver, uma desilusão.


Extremamente cansado por um dia tão longo, comi qualquer coisa e regressei à pousada para descansar na camarata que partilhei com um russo, professor de política aqui à procura de trabalho, um eslovaco que trabalha em Bruxelas e estava cá de fds, um italiano que andava a passear pela Europa, um japonês que não falava ingles e só se ria quando falavamos com ele, e outro gajo qualquer que esteve sempre dormindo. Tudo pessoal fixe já que ninguém ressonou. Acordei cedo para um passeio um pouco maior pela cidade, aproveitando a luz matinal para tirar algumas fotos e voltar a constatar que se trata de uma cidade bonita mas com pouca exploração turística, e sem a vida de uma grande cidade europeia.

Ao fim da manhã peguei no carro para voltar a atravessar a Bélgica no sentido inverso, para chegar a Lille. Parei para almoçar e visitar Tournai, a vila mais antiga da Bélgica, cujas principais atracções são a catedral de notre-dame do estilo romanico e gótico, e a torre de vigia ("belfry"), a mais antiga da Bélgica. Ambas se encontram catalogadas como património da UNESCO, apesar de eu não perceber muito bem porquê. Foi um passeio de cerca de 2h, vendo os sítios principais antes de seguir para Lille, a cerca de 30km daqui.

Lille é outra história, também tem uma importante parte histórica mas é fundamentalmente uma grande e importante cidade industrial e ponto de paragem dos camiões de mercadorias (é a 4ª maior zona metropolitana francesa). Cheguei e fui directo para o hotel, comi e deitei-me. Na segunda-feira o dia foi todo passado em reunião. Após a mesma, e durante o tempo que tinha antes do jantar aproveitei para passear pela cidade. Muita gente nas ruas ainda iluminadas nataliciamente, mais uma catedral e um igreja visitadas, além de alguns edíficios interessantes, como a ópera, a camara e o museu de belas-artes. Juntei-me ao pessoal para jantarmos numa cervejaria bastante catita. Para minha surpresa por aqui a gastronomia não é predominantemente francesa. A cerveja belga é mais popular que o vinho, e os canards, foie-gras e queijos são substituidos por choucrutes e salsichas. Vim depois a saber que Lile, tal como Tournai e outras terras aqui da zona pertencem à chamada Flandres Romantica, notando-se bastantes semelhanças não só na comida mas também na arquitectura e cultura.

No último dia a reunião acabou ainda antes do meio-dia e como só tinha voo às 19h tinha algum tempo para fazer turismo. A idéia inicial era passar o tempo em Lille mas o tempo estava horrível. De improviso resolvi pegar no carro e ir até Amiens, mais uma vila histórica famosa por uma catedral (!), pelas minhas contas 70km a sul de Lille. Mas as minhas contas não estavam lá muito correctas e os 70km eram afinal 130, o que fez com que a minha visita fosse de cerca de 1/2h, tempo para ver a tal catedral e regressar full-speed, pois além dos 130km até Lille ainda tinha de fazer outros tantos até ao aeroporto de Bruxelas. Com o tempo a escassear e o trânsito a se adensar, stressei um pouco, mas no fim consegui chegar a tempo de entregar o carro, fazer o check-in e ainda ter tempo para comer algo antes de embarcar.

Foram 4 dias intensos, estive em 4 países (5 com Portugal), visitei 5 cidades, praí uma dúzia de catedrais e igrejas, conduzi cerca de 1000km (sem nunca me perder o que para mim é inédito, obrigado viamichelin) e pelo meio ainda tive 1 dia e meio de reunião, que foi o que me pagou a viagem...